segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Santos 1x3 Coritiba - Não Cuca, nããããããoooo!!!!

Na última postagem, o meu maior elogio ao Cuca foi ter deixado o time jogar dois jogos seguidos do mesmo jeito, sem mudanças táticas abruptas...
Pois é, ao contrário do Blog do Jão, o Cuca definitivamente não lê o meu blog...Pois ontem, o que ele fez foi justamente mudar a formatação tática do time...

Bom, vamos por partes, pois hoje o conteúdo é extenso...

Ao entrar na Vila vi a confirmação do garoto Vinícius para jogar.
O Vinícius sempre foi zagueiro, e dos promissores. Ele sendo escalado o Cuca estaria fazia o óbvio: mantendo o esquema que havia dado certo em Porto Alegre e contra o Vasco.
Só que ele não foi terceiro zagueiro. E bem mais a noite, em casa, eu fui entender o porque...
Segundo o Flavinho (comentarista da Santa Cecília TV) o garoto quer ser efetivado como volante. Isso foi dito por ele ontem, no Esporte por Esporte.
Ele tem altura, tem boa saída de bola, bom posicionamento, não tem tanta velocidade o que vai prejudicá-lo, enfim, pode ser um volante razoável...

O que isso tudo tem a ver com Cuca, derrota?
Eu esperava um time com três zagueiros.
O mundo esperava um time com 3 zagueiros.
O óbvio era a manutenção do time com 3 zagueiros.
Mas o Vinicius não foi terceiro zagueiro!
A camisa 6 foi mero disfarce para a verdadeira função que ele exerceu em campo, ele foi volante ao lado do Dionísio, o Kleber e Apodi foram laterais, Michael meia...

Ou seja, a tal da memória tática foi para “as cucuias” e o time, de novo, começou o jogo com uma formação diferente do jogo anterior...

Enfim, 0x1 para o Coritiba e o Michael prestes a ser expulso.
O mais óbvio, naquele momento, seria a entrada do Quiñones como meia, ou, a entrada de Lima ou Wesley como terceiro atacante, para tentar recuar um dos meias do Coritiba que jogava no 3-6-1.

Wesley entrou, mas entrou como MEIA!!!
E aí eu pergunto ao Cuca, quem foi o cara que disse que o Wesley é, será, ou tem condição de ser meia? Até porque, as maiores críticas ao Wesley são a dificuldade que ele tem em tocar a bola rapidamente e o passe!

Acaba o primeiro tempo, e eu achando que já tinha visto tudo de ruim e que o Cuca consertaria o time...

Vem Lima e Quiñones, para o lugar de Apodi e Molina.
Quatro atacantes! Se é que não dá para considerar o Quiñones um quinto! Nenhum meia de ligação!
Sim, nenhum mesmo porque está se tornando piegas, chato, irritante e parece até perseguição pessoal, mas, se o Santos depender do Kleber para fazer qualquer coisa dentro de campo, jogamos com um a menos. Se depender dele no meio para armar o time então!
Usar um 4-2-4, contra um time que tinha como maior virtude o fato de povoar o meio campo. Não, o Dorival Junior não é o novo Rinus Mitchell, mas fez o óbvio, encheu o meio campo de jogadores, isolou o Keirisson e acreditou que, como invariavelmente acontece.
Aconteceu, e o Coritiba ganhou o jogo com totais méritos e jogando melhor que o Santos.

O que toda essa lambança tática custou ao torcedor santista?

- Um time que só chegou à área a base de lançamentos, chuveirinhos e bolas aéreas. Tudo o que foi criado pelo chão saiu dos pés do Maykon Leite, o único jogador desse time que tem mostrado futebol.

- E que chegou à área com lançamentos oriundos da defesa! Só eu contei 12 lançamentos do Domingos. Todos no segundo tempo. E lançamentos do Domingos, que está longe de ser dono de alguma técnica!

- Mais três pontos perdidos em casa, por culpa de o time estar mal posicionado e que tenta ser corrigido no intervalo. Ao contrário do jogo contra o Botafogo, ontem não deu...

- Mais uma entrevista coletiva do Cuca onde eu sou obrigado a ouvi-lo reclamando da vida, do esquema, do juiz, do azar e dizendo que errou. Eu quero um emprego no Santos, afinal, lá o cara tem direito a consecutivos erros e pode dizer que é “trabalho a longo prazo”. Lá o treinador pode ter dúvidas eternas, e dizer que ainda está tentando arrumar o melhor jeito do time jogar...

Não é possível admitir que um treinador tenha tantas dúvidas para montar um time.
É inadimissível um treinador depois de tantos dias de trabalho, ainda não ter a convicção de quem são os seus 11 titulares.
Não há torcedor que agüente um cara errar tanto ao escalar, ao substituir e ser mantido como parte do planejamento.

Se há jogadores sem vontade, se há uma administração terrivelmente incompetente, se o elenco é fraco, existe também muito de culpa na falta do tão sonhado padrão tático desse time do Cuca.

E o Cuca não é o técnico que vai dar padrão a esse time, pois ele não faz o simples ou o óbvio.
Eu que tinha sérias restrições ao trabalho do Cuca antes dele chegar aqui, e mais, que tinha sérias restrições a técnicos “Professor Pardal” continuo a dizer: treinador de futebol bom é treinador que não inventa.

Se o Santos tivesse uma diretoria competente, o Cuca estaria na rua, com ele sairia o Kleber e depois a diretoria em ato ímpar no futebol mundial, se demitiria por notar que não tem competência para gerir um clube de futebol e o presidente do Santos colocaria os seus bens a disposição para cobrir o rombo que deixou nos cofres do clube...

Como diria o velho cancioneiro: “Sonho meu...sonho meu”

2 comentários:

Unknown disse...

"treinador de futebol bom é treinador que não inventa."[2] ...O Cuca tá de palhaçada já! Tem que ser homem pra pedir o boné e vazar de verdade. Inventa moda, escala e substitui mal, depois fica fazendo docinho, pedindo demissão e voltando atrás como se fosse algum salvador da pátria.

Anônimo disse...

Renato, é piegas mesmo. Virou lugar comum, rotina falar mal do Cuca. E olha que nos esforçamos para acreditar e o elogiamos quando acertou a escalação contra Vasco e Inter, mas ele sempre está inventando...

Não é difícil. É só fazer o básico, não inventar, não querer dar uma de Telê Santana, que improvisava jogadores e esquemas o tempo todo com sucesso.

Não confiava no Cuca e agora é pior: não tenho perspectivas com esse sujeito como "treinador" do Santos. Chega.